terça-feira, 27 de maio de 2014

ÓLEO OU AZEITE

“Oh! Quão bom e quão suave, é viverem os irmãos em união! É como um azeite precioso derramado sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Aarão, e sobre a orla dos seus vestidos. É como o “orvalho do Hermon, que desce sobre o Monte Sião. Porque o Senhor derrama ali a sua benção, a vida para sempre..” Salmo 132 (0u133)



A BARBA DE AARÃO


“Oh! Quão bom e quão suave, é viverem os irmãos em união! É como um azeite precioso derramado sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Aarão, e sobre a orla dos seus vestidos. É como o “orvalho do Hermon, que desce sobre o Monte Sião. Porque o Senhor derrama ali a sua benção, a vida para sempre..”Salmo 132 (0u133)


Quão bom e suave é viver na doce união.
Isso é como orvalho do Monte Hermon,
Que desce sobre a negra barba de Aarão
E molha a orla dos seus santos vestidos.

Assim é que a fraternidade é consagrada,
Na paz que nasce da maravilhosa união,
Na alegria duma egrégora compartilhada,
Onde a verdadeira argamassa é o coração.

Dessa forma consolidamos a fraternidade.
E a sociedade vai conservando seu valor,
Na igualdade que é o alicerce da liberdade.

Pois a moeda da nossa pátria é a verdade;
E o indissolúvel laço que nos une é o amor,
O amor que nasce da verdadeira amizade.

A essência da união fraternal

Por que será que os maçons escolheram o salmo 133 (ou 132 na versão católica) para abrir a Loja Simbólica dos Aprendizes? Será somente por que ele consagra a união fraternal, que a Maçonaria prega como essência da sua prática, e virtude fundamental do seu catecismo, ou haveria outros ensinamentos iniciáticos por trás desse curioso simbolismo? 
Nós acreditamos que sim. A abertura das seções da Loja de Aprendizes com esse belo poema salmódico visa, em primeiro plano, consagrar o princípio da união entre os espíritos congregados em Loja. Essa união proporciona a formação da necessária “egrégora” que capta a energia do grupo ali congregado e a dirige para a obtenção do resultado desejado.
Mas para além disso, esse salmo tem um significado simbólico de extraordinária magnitude que muitos poucos Irmãos conhecem. Ele vai além da mera invocação ao princípio da união fraternal, tão almejado pela Irmandade maçônica.

Na verdade, o salmo 133 (ou 132) pode ser entendido como um poderoso mantra que elicia energias poderosas. Por isso ele é cantado amiúde em cerimônias e reuniões da religião judaica desde tempos imemoriais, sendo crença da maioria dos judeus que esse poema tenha sido composto pelo próprio Rei Davi, como aliás é informado na própria Bíblia. 
Essa, todavia, é uma informação difícil de se comprovar, pois esse salmo se fundamenta num simbolismo arcano de profunda significação nas doutrinas esotéricas desenvolvidas pelo povo judeu. Ele se fundamenta no poder dos pelos do corpo humano como elemento captador e irradiador de energia. Por isso, no ritual praticado pelos judeus, na consagração dos seus sacerdotes, o “o óleo precioso (óleo ritual) é derramado no alto da cabeça e escorre pela barba, molhando toda a orla das vestes sacerdotais.” Dessa forma, na figura do sacerdote, todo o grupo que ele representa é ungido.
Esse ritual, entretanto, não é exclusivo da cultura judaica. Haja vista que em todas as antigas civilizações, havia uma especial referência pelo cultivo de uma barba, pois ela era, na crença desses povos, o símbolo da majestade e do poder que a divindade conferia ás pessoas significativas dessas antigas sociedades. Daí sempre encontrarmos entre os reis, sacerdotes e pessoas de poder, indivíduos com barbas cultivadas com tal arte, que só podemos pensar numa obrigação ritualística a justificar tais cuidados. Essa característica é notável principalmente entre os potentados orientais (na Índia e Mesopotâmea principalmente), onde os reis e seus homens de poder, na política e na religião, ostentavam barbas fartas e bem cuidadas. Ela é notada também nos velhos patriarcas e juízes bíblicos, onde a barba e o cabelo eram símbolo de poder e majestade. O caso de Sansão e dos nazarenos (pessoas consagradas a Deus desde o nascimento) era uma típica aplicação desse simbolismo.
O próprio Jesus Cristo, segundo algumas tradições, era nazareno. Não porque tivesse nascido em Nazaré, pequena aldeia situada na Baixa Galiléia, mas sim porque seus pais tinham feito a profissão de fé dos nazarenos, que era a tradição de ofertar ao Deus do país o seu primeiro fillho. Assim, esse filho era considerado um eleito, um consagrado a Deus, e seus cabelos não podiam ser cortados.[1] 
Até os faraós egípcios, cuja estrutura biológica e ambiente climático não lhe favorecia com uma fartura de pelos no corpo, sempre apareciam, nas solenidades públicas e nas celebrações ritualísticas, com uma barba falsa, na forma de um cavanhaque de madeira, que fazia parte da sua indumentária ritual. Consagrava-se, assim, no uso da barba e do cabelo, uma tradição mística de grande importância para os antigos, e que ainda hoje tem larga utilização entre os povos orientais.

Máscara do faraó Akhenaton usando a barba falsa

A barba de Aarão

Para os israelitas esse simbolismo fazia parte da sua tradição religiosa e cultural. Nas crônicas bíblicas do Êxodo e do Deuteronômio, lemos que Moisés consagrou o Tabernáculo na forma como Deus lhe havia ordenado, santificando depois a Aarão, espargindo sobre a sua cabeça o óleo precioso que escorreu para suas barbas e molhou as orlas do seu vestido. Assim, na sagração do Tabernáculo e na unção do seu Sumo Sacerdote, consumou-se a união que doravante deveria existir entre Jeová e seu povo, união essa que seria sacramentada toda vez que o povo eleito se reunisse em Assembléia. Era, pois, numa analogia com a tradição maçônica, a instituição da Loja que ali estava sendo feito, consubstanciada na Aliança que então se consumava entre os israelitas e seu Deus, aliança que, mais que política, religiosa e social, era fundamentalmente simbólica e iniciática.[2]
Na mística de Israel o barbudo Aarão, o levita, era o protótipo do sacerdote ideal, no qual se consumava esse simbolismo. Além de ser o primogênito da família de Anrin, o levita, ele tinha a figura exata do patriarca no qual o Deus de Abraão depositaria a liderança espiritual do seu povo. Isso porque, na tradição daquele povo, o seu Sumo Sacerdote era o elemento unificador entre as realidades do céu e da terra e representava o próprio canal por onde a energia de Deus era canalizada para a terra e distribuída ao povo. Por isso, somente ao Sumo Sacerdote era permitido entrar no espaço reservado ao Santo dos Santos, ou seja, o altar onde a própria energia do Criador estava concentrada e depositada dentro da Arca da Aliança. É nesse sentido que muitos escritores de orientação esotérica dizem que a Arca da Aliança se assemelhava a uma pilha atômica, que conteria uma energia semelhante ao chamado Bósson de Higgs, ou “partícula de Deus”, que segundo os cientistas seria a primeira e fundamental manifestação da energia criadora que deu origem ao universo.[3]
Todas essas informações justificam o fato de Deus, ao invés de consagrar o próprio Moisés como Sumo Sacerdote, ter preferido investir a Aarão nesse cargo, conservando para Moisés a liderança jurídica e política do povo de Israel.

Interpretação cabalística

A Barba de Aarão é um simbolismo muito importante na tradição iniciática do povo de Israel. Esse simbolismo é demonstrado de forma muito significativa nos ensinamentos da Cabala. De acordo com essa tradição, tanto o universo, que representa a imagem do Demiurgo, o seu Arquiteto Construtor, ou seja o Macrocosmo, quanto o corpo humano, que representa o microcosmo, (o homem) são uma projeção física e psicológica das manifestações do seu Criador. Nesse sentido, cada parte do universo, cada dimensão, cada fluxo energético, cada lei natural, enfim, tudo que nele existe como realidade fenomênica é uma manifestação da energia criadora que se espalha pelo vazio cósmico na forma de uma árvore. Essa árvore, chamada Árvore da Vida, ou Árvore Sefirótica, é um desenho mágico do próprio universo, que na sua conformação estrutural é semelhante ao organismo humano com todas suas funções. Ele é gerado a partir de um ponto único (Khetter, a coroa da criação) e se espalha pelo nada cósmico formando uma Árvore (Vasto Semblante) que é o próprio universo, com suas manifstações de vida.
Assim, no Livro do Mistério Oculto ( HADRA RBA QADISHA- A Grande Assembléia Sagrada) temos o misterioso texto que diz:
753 “ (...) existe uma parte venerável da barba que desce, sagrada, venerável, excelente, oculta e conciliada em tudo( a Barba do Macroposopo), pelo óleo sagrado e magnificente, que passa através da barba do Microposopo.”

756. “Essa barba é o elogio, a perfeição, a dignidade e o adorno de todo o Vasto Semblante, e nessas sagradas coisas está oculta e fundada para ser conciliada, e nunca para ser discernida.”
757. “Essa barba é a beleza e a perfeição do Semblante Menor do Microposopo. E encontra-se disposta nele em nove conformações.”
78. “Pois quando a venerável barba do Macroposopo brilha sobre a venerável barba do Microposopo, então as 13 fontes do excelente azeite fluem para baixo, sobre sua cabeça e sobre sua barba.”
759. “E, a partir dali, são fundadas as 22 partes que se estenderão depois nas 22 letras da Lei Sagrada.” [4]

A tradição cabalística ensina que cada membro, cada órgão, cada osso, cada pelo existente no corpo humano cumpre uma importante função na Árvore da Vida do homem, da mesma forma que cada elemento químico também cumpre função fundamental na composição do universo físico. Assim, um e outro (universo e corpo humano) são composições idênticas que seguem as mesmas leis de formação e composição. Entender como um funciona é entender também o outro. Nessa formidável intuição está presente o extraordinário sentido ecológico dessa estranha doutrina, que hoje se sabe, guarda uma formidável analogia com as mais recentes descobertas da física nuclear e da astronomia..[5]


Arvore sefirótica Árvore da Criação Homem vitruviano 
O Bóssom de Higgs

Assim, a barba, na Cabala, é vista como sendo o influxo que nasce na primeira Séfora e percorre toda a Árvore da Vida unificando a totalidade das realidades existentes no universo. DE fato, a palavra barba, em hebraico, (Hachad) significa unidade, e por aplicação da técnica da gematria, o seu correspondente numérico é igual a 13. A=1, CH=8, d=4.[6] Esses valores, segundo o Sepher A Zhoar, correspondem às partes da barba do Macroprosopo, o Andrógino Superior ou Vasto Semblante, como a Cabala chama essa representação simbólica da primeira manifestação de Deus no mundo das realidades manifestas. Essa manifestação, por reflexo, gera o Microprosopo, que é a representação do Andrógino Inferior, cuja proporção numérica e geométrica (o homem vitruviano) deu origem ao modelo do homem da terra. Dessa forma, tanto o universo físico quanto o próprio organismo humano seriam uma representação da própria imagem de Deus, o que justificaria a informação constante em Gênesis 1: 27 de que o homem foi criado “à imagem de Deus.”[7]

Essa visão cabalística do processo energético que está na origem do universo material e do mundo das coisas vivas, também é aproveitada nas teses dos antroposofistas e nas doutrinas esotéricas defendidas por Helena P Blavatsky e seus discípulos. Para essas doutrinas, há um “homem do céu e um homem da terra”, ambos construídos com base no mesmo molde.[8] 
Assim, o Salmo 132, ou 133, na verdade, é um simbolismo que está centrado em um segredo arcano de extraordinário significado. A Maçonaria, ao adotá-lo na abertura de suas Lojas não está apenas contemplando a idéia da Fraternidade pura e simples, mas realizando o objetivo cósmico de integração total de todas as suas emanações. Trata-se, na verdade, de um mantra poderoso, uma âncora fundamental para o eliciamento da energia cósmica necessária para a formação da egrégora maçônica, como já foi dito. 





[1] Mateus, 2;23
[2] O termo Loja, aqui é tomado no sentido maçônico da palavra, ou seja, uma assembléia de irmãos maçons. Nos tempos medievais, esse termo era aplicado à reunião dos profissionais da construção civil que trabalhavam em uma determinada obra, para discutir os problemas técnicos com ela relacionados.
[3] Cf. Pawels e Bergier- O Despertar dos Mágicos Ed. Bertrand Russem, 1986, e Daniken, Erich Von- Eram os Deuses Astronautas? Ed. Melhoramentos, 1968.
[4] Knorr Von Rosenroth- A Kabbalah Revelada, pg. 211. Segundo a tradição cabalística, todo o universo e suas manifestações de vida se explicam no alfabeto hebraico, através das combinações formadas pelas 22 letras, com seus sons e valores numéricos.
[5] Vejam-se, especialmente, as obras do escritor Fritjof Kapra e Stephen Hawking,
[6] As “13 fontes do excelente azeite” que fluem para baixo, e segundo o Salmo 133 “desce sobre a barba, a barba de Aarão, e molha a orla dos seus vestidos.”
[7] Não uma “imagem” em termos de forma física, pois segundo a própria doutrina hebraica, Deus não tem forma nem nome conhecido, mas sim, a imagem mística de uma energia que se expande numa determinada forma que se assemelha ao corpo humano.
[8] Helena P. Blavatsky- Síntese da Doutrina Secreta- Ed. Pensamento, 1995. A Antroposofia, do grego "conhecimento do ser humano", é uma doutrina desenvolvida no início do século XX pelo austríaco Rudolf Steiner, que estuda o universo físico e vida que ele abriga, a partir de uma perspectiva toda espiritual.


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OS TRÊS (03) PONTOS


A costume de colocar três pontos após a assinatura de um maçom, não é tão antiga como poderia pretender-se. Ela aparece pela primeira vez em 12 de Agosto de 1774 em uma circular do Grande Oriente da França comunicando um novo valor da anuidade e a mudança de local. 

Confirmando o anterior vemos que na Constituição de Anderson, documento básico da Maçonaria chamada Moderna, publicada em Londres em 1723, não é usada em parte alguma a escritura tripontuada. 

Esta forma de escritura, que teria como objetivo principal ocultar a compreensão de textos do entendimento de profanos, não tem sido exclusividade dos maçons; na Corte Pontifícia de Roma existia um tribunal denominado “Tribunal da A C\u8220" que era escrito justamente com as letras A e C seguidas de três pontos. Para uns era interpretado como Augusta Consulta, para outros Auditoris Curea e, inclusive, Auditor Camarae. 

Esta situação é, até certo ponto, comum em sistemas religiosos ou filosóficos, em que um símbolo ou ensinamento é adotado indistintamente por uns ou por outros. 

Acontece com a escada de Jacô; a cruz, adotada pela Igreja Católica alguns séculos depois da morte de Jesus; o Ternário, comum, praticamente, a todas as religiões, o avental, usado por todas as importantes religiões e mistérios antigos nas cerimônias de iniciação, etc.

Se bem é certo que o maçom deve orgulhar-se de usar os três pontos na sua assinatura, ela não constitui uma obrigatoriedade, considerando que haverá certos casos em que por razões políticas, profissionais, familiares, etc, o maçom poderá ter a necessidade de não manifestar abertamente sua condição de tal. Inclusive, em nosso Ritual de Aprendiz da GLESP as iniciais não sempre são seguidas dos três pontos, tal é o caso das iniciais contidas nas páginas 13, 14, 23, 77, 78, 79, etc. edição 1989. Também, a pessoa que usa os três pontos na sua assinatura não é necessariamente um maçom. Ë como a pessoa que usa um adesivo maçônico no seu carro; já tivemos um caso em nossa Loja em que um irmão ao se encontrar com um carro luzindo um adesivo maçônico ele deu o conhecido toque de três buzinadas, provocando a ira do suposto condutor maçom que imaginou estar sendo criticado na sua condução pelo nosso irmão.

O significado simbólico dos três pontos está, evidentemente, relacionado com o Ternário e como todos nos sabemos, o significado é variado e abrange todos os símbolos relacionados com o número três. O primeiro ponto é o origem criador de todo o que existe, o Uno, a Monada, o Princípio Fundamental, a Unidade, é Deus. Os dois pontos inferiores são a Dualidade, são gerados pelo primeiro ponto e, se se juntaram, voltam a ser a Unidade, da qual tiveram nascimento. O ponto superior corresponde ao Oriente em Loja, que é o mundo Absoluto da Realidade, é o Delta Sagrado, e os dois pontos inferiores correspondem ao Ocidente, ou seja o Mundo relativo, o domínio da Aparência, são as duas colunas, como mais um emblema da dualidade. Como podemos ver, a interpretação dos três pontos, são muitas e nelas não poderemos ficar restritos, para não pecar de dogmáticos.


Fonte: http://www.construtoresdavirtude.com.br/pag_3pontos.htm

segunda-feira, 26 de maio de 2014

FALTA ÀS REUNIÕES

Saudações estimados Irmãos,
comentários sobre
FALTA  ÀS  REUNIÕES
O Regulamento é bem claro em relação às justificativas de faltas: Em cada semestre poderá o Maçom justificar até cinqüenta por cento de suas faltas, às sessões da Loja, acaso no mesmo dia e horário, estiver: a) Trabalhando. b) Estudando. c) Viajando. d) Doente. e) Representando a Potência ou Loja, em outras atividades. f) Visitando outra Loja. Há, também, os casos imprevisíveis que devem ser devidamente explicados (por escrito), na reunião seguinte à falta. Porém, o que realmente vemos, é que a maioria das ausências,  são motivadas pela falta de comprometimento. Ela está calcada na preguiça, na falta da palavra empenhada, e até mesmo no egocentrismo. Acontece que, quando o Irmão faltoso precisa de ajuda, torna-se ele o mais freqüente. Esta situação é muito perigosa para a Loja. Este Irmão é um mau exemplo, e acaba “contaminando” outros. Observem que é muito comum, após uma grande ausência, ele aparecer na reunião e fazer questão de se manifestar na Palavra a Bem da Ordem (para constar seu nome nos anais da Loja). Costuma inflamar os demais Irmãos, quanto às posições que a Loja deve tomar; propõe projetos megalomaníacos (mas ele está em atraso com a Tesouraria); especula conteúdos de uma Sindicância (mas não comparece para colaborar na Iniciação). Como resolver esta situação?  Começa com um levantamento feito pelo Ir\ Chan\, dos IIr\ ausentes. Em uma folha de papel, ele vai marcando os presentes. Durante a sessão ele verifica quais Irmãos estão faltosos a duas reuniões. Com os respectivos telefones, ele encaminha ao Venerável Mestre, a lista, que, na Ordem do Dia, pedirá a dois IIr\ que farão contato com os ausentes, para saber se eles estão precisando de alguma coisa, e procurem saber o motivo da ausência. Esta medida visa o ideário de Fraternidade, pois pode acontecer que o Ir\ esteja doente, ou passando por uma situação que necessite de apoio. Sem contar também, que quem recebe o telefonema, vai se sentir prestigiado. Na reunião seguinte (a terceira), não estando presente o Ir\, os que fizeram contato dirão à Assembléia, sobre a receptividade que tiveram, SEM TECER COMENTÁRIOS, pois, às vezes, o assunto é para Câm\ do Mei\. Após três vezes dessa dinâmica, deve o Venerável Mestre, escrever uma carta ao Irmão ausente, solicitando GENTILMENTE, que o mesmo retorne aos trabalhos ou caso não tenha  interesse que peça o seu Q\P\. Observem que esta tentativa de retorno, durará 2 meses, 8 a 9 reuniões, e no mínimo, 6 telefonemas de diferentes Irmãos. Se não surtir o efeito desejado, o melhor é expedir o Q\P\ Ex-Oficio, cumprindo-se assim, os tramites legais. Outro Irmão que deve estar atento às ausências, é o Ir\Tesoureiro. O não cumprimento da responsabilidade pecuniária pelos IIr\, pode comprometer a situação da Loja perante a Obediência, e às vezes junto à sociedade. Se você, meu Irmão, que está lendo este artigo, for um “Irmão faltoso”, lembre-se de seus juramentos. Pense quanto vale sua palavra. Se você está com “problemas”, pense que você possa ter a solução para o problema de outro Irmão que está dentro da Oficina. Lembre-se da CORRENTE do BEM. Se você pensa que já viu tudo, que já deu tudo que tinha pela Maçonaria, ainda lhe falta aprender a lição da HUMILDADE e da colaboração despretensiosa. Se você crê, que na sua Loja, tem algum Ir\que não mereça lá estar, compareça com mais freqüência, assim os mais “jovens,” terão outros exemplos a serem seguidos. Meus IIr\, o objetivo deste pequeno artigo, é motivar as Lojas e os IIr\, a se posicionarem quanto a esta situação. Querido Ir\ Renato Scopel, da ARLS Liberdade e União No. 140, do Oriente de Sete Lagoas/MG, sua preocupação é louvável e com toda certeza, NÃO PRECISAMOS SER NUMEROSOS, PRECISAMOS SER COMPROMETIDOS.
Grato pela atenção.
TFA

Quirino

HISTÓRIA DO BODE

Historia do Bode

O nosso mais célebre e saudoso escritor Maçônico Brasileiro Ir.’. José Castellani (In Memoriam) escreveu.

A origem desta denominação data do ano de 1808. Porém, para saber do seu significado temos necessidade de voltarmos no tempo. Por volta do III ano d.C. vários Apóstolos saíram para o mundo a fim de divulgar o cristianismo. Alguns foram para o lado judaico da Palestina. E lá, curiosamente, notaram que era comum ver um judeu falando ao ouvido de um bode, animal muito comum naquela região. Procurando saber o porquê daquele monólogo foi difícil obter resposta. Ninguém dava informação, com isso aumentava ainda mais a curiosidade dos representantes cristãos, em relação àquele fato. Até que Paulo, o Apóstolo, conversando com um Rabino de uma aldeia, foi informado, de que aquele ritual era usado para expiação dos erros. Fazia parte da cultura daquele povo contar a alguém da sua confiança, quando cometia, mesmo escondido, as suas faltas; ficaria mais aliviado junto à sua consciência, pois estaria dividindo o sentimento ou problema.
Mas por que bode? – Quis saber Paulo. É porque o bode é seu confidente. Como o bode não fala o confesso fica ainda mais seguro de que seus segredos serão mantidos, respondeu-lhe o Rabino. A Igreja, trinta e seis anos mais tarde, introduziu, no seu ritual, o confessionário, juntamente com o voto de silêncio por parte do padre confessor – nesse ponto a história não conta se foi o Apóstolo que levou a idéia aos seus superiores da Igreja; o certo é que ela faz bem à humanidade, aliado ao voto de silêncio. O povo passou a contar as suas faltas.
Voltemos a 1808, na França de Bonaparte, que após o golpe dos 18 Brumário, se apresentava como novo líder político daquele país. A Igreja, sempre oportunista, uniu-se a ele e começou a perseguir todas as instituições que não governo ou a Igreja.
Assim a Maçonaria, que era um fator pensante, teve seus direitos suspensos e seus Templos fechados; proibida de se reunir. Porém, irmãos de fibra na clandestinidade, se reuniram, tentando modificar a situação do país.
Neste período, vários Maçons foram presos pela Igreja e submetidos a terríveis inquisições.
Porém, ela nunca encontrou um covarde ou delator entre os Maçons. Chegando a ponto de um dos inquisidores dizer a seguinte frase a seu superior:
- “Senhor este pessoal (Maçons) parece “BODE”, por mais que eu flagele não consigo arrancar-lhes nenhuma palavra”.
Assim, a partir desta frase, todos os Maçons tinham, para os inquisidores, esta denominação: “BODE” – aquele que não fala o que sabe guardar segredo.

domingo, 25 de maio de 2014

MAÇO, MALHETE e MALHO

Saudações estimados Irmãos,
os instrumentos...

MAÇO, MALHETE e MALHO

Os três, são instrumentos usados por escultores, carpinteiros, encadernadores, calceteiros e... maçons; porém, estruturalmente e simbolicamente, são diferentes. Maço e Malhete, (são quase iguais, diferenciados apenas pelo tamanho) nada mais são, que um martelo de madeira usado pelas Luzes para gerar SOM, afinal, uma batida, é a origem da VIBRAÇÃO que desperta a percepção do momento físico, e extra-sensorial. As batidas dos graus, nas sessões econômicas, e na consagração dos graus, têm a função de eqüidade. Digamos que atuam como uma “equação sonora” ou seja, é uma fórmula (bat\do Ven\ + bat\do 1º Vig\ + bat\ do 2º Vig\ = .....), para que haja igualdade entre grandezas, dependente uma das outras. Ao usarem os Malhetes, nas Sessões Econômicas, as LLuz\ convocam pelas batidas, (todos, no Oriente, na Col\ do Sul e na Col\ do Norte) a estarem em sintonia com os trabalhos desenvolvidos na reunião. Já nas Sessões Magnas, na hora da Sagração, somente o Malhete do Venerável, é capaz de colocar o Iniciando, em igualdade de valor (Grau) com os demais presentes. Demonstrando que este objeto é um símbolo de poder, sempre que estiver presente o Grão-Mestre nos trabalhos de uma Oficina, deve o Venerável Mestre, oferecer-lhe o Malhete, para que o mesmo conduza os trabalhos. Em época remota, era regra que estando presente em Loja Simbólica, um Irmão de determinado Grau Superior (R\E\A\A\), tinha ele, a prerrogativa de comandar a sessão. Com a separação da administração das Lojas Simbólicas, dos Corpos Superiores, a regra perdeu o valor. O Malho, por sua vez, é um instrumento que deve ser usado por todos os IIr\, não apenas pelo Aprendiz; afinal, todos nós trabalhamos continuamente em “desbastar as arestas”. O Malho tem a forma de dois cilindros; um fino, que é o cabo, o outro, mais largo, (pode ser também coniforme) que é o corpo. Diferente do Malhete, o Malho pode ser de ferro, por uma questão lógica, afinal, é com ele e o Cinzel, que desbastamos uma pedra bruta. Com um malho de madeira, nunca se obteria o resultado esperado. Sua forma simples tem um significado pratico, não tendo lado, de qualquer maneira que você o pegar, ele estará pronto para o trabalho, por conta disso, é que costumam dizer que ele é um instrumento de força. No sentido figurado, malho designa pessoa hábil e destra. O Malho é a extensão e a potencialização do desejo de transformação;  primeiro (pela força) ao dar forma a um objeto “bruto”, para depois,  transformá-lo em algo mais bonito, e em terceiro grau (sabiamente) transformar continuamente o objeto ou nós mesmos, em algo sempre útil. Malhete, também significa uma forma de encaixe de peças de madeira(ver imagem no final); provavelmente todos já viram uma caixa ou móvel, feito sem pregos. As peças se completam através de uma estrutura de encaixes. Penso que é assim deveria ser uma Loja Maçônica, todos com seus altos e baixos, procurando os baixos e altos dos outros Irmãos, para se completarem naturalmente, sem a necessidade do “prego da obrigação”, apenas usando o “encaixe da doação.” 
Grato pela atenção.

TFA


Quirino

COLUNA JÔNICA

Saudações estimados Irmãos,
a sábia
COLUNA JÔNICA
Sobre o altar, no Oriente, e sempre em pé, ela “preside” os trabalhos. O nome jônica vem de uma região ocupada pelos Jônios, ao sul da Grécia, banhada pelos mares Egeu e Mediterrâneo e, sob a influência dos asiáticos. Preciso abrir um parêntese, para explicar que Ásia, não é apenas Japão, Coréia (Norte e Sul), Vietnã, China e outros países do Extremo Oriente; mais, Turquia, Índia, Síria, Líbano, Irã, Emirados Árabes e, demais países do Oriente Médio, todos fazem parte da Ásia e contribuíram em muito, para com a cultura dos países europeus. O padrão arquitetônico usado até o século V antes de Cristo, era o dórico. Os arquitetos projetavam os Templos, e baseado nas dimensões da construção, eram erguidas as Colunas Dóricas. Motivados pela harmonia de linhas e espaços da cultura asiática, os arquitetos jônios inverteram a ordem da construção; projetavam colunas dentro de uma proporção que as deixariam mais elegantes. Media-se a lateral/frente do terreno, dividiam-se os espaços entre colunas e daí, começava a visualizar o diâmetro da base para calcular a altura das colunas, e esta altura, serviria de parâmetro para as outras dimensões da obra. Observem que para as Colunas Dóricas, usava-se mais o trabalho braçal (força); e para as Colunas Jônicas, havia a necessidade de um maior trabalho intelectual (sabedoria). O que mais me desperta o interesse por este estudo, é a proporção entre a base e a altura da Coluna Jônica; se ela tivesse 2,3 metros de diâmetro, sua altura deveria ser de20,7 metros. Outro exemplo: se a coluna tivesse 0,75 metros de diâmetro, sua altura deveria ser de 6,75 metros; calculou a proporção? A altura de uma Coluna Jônica é TRÊS VEZES TRÊS o tamanho do diâmetro de sua base! Fantástico, não é? Porém, não é por isto que usamos esta expressão, o motivo do três vezes três, é explicado em um determinado grau superior, do Rito de York. Diferente da Dórica que “surge” diretamente do piso, a Coluna Jônica está sobre uma estrutura ovalada chamada de coxim, e o capitel é decorado por duas volutas laterais. Volutas são aspirais (redemoinhos) ligadas por um segmento reto. Uma coisa que os IIr\ devem tomar cuidado, é de não usarem algumas informações técnicas de arquitetura, na elaboração de trabalhos maçônicos. Há alguns arquitetos, que poetizam as formas das colunas, traçando paralelos que não cabem dentro de nossas instruções. É muito comum nos trabalhos profanos, dizerem que a Coluna Jônica representa o “feminino” e a Coluna Dórica o “masculino”, isto não deve constar de nossas “Pranchas de Arquitetura”, pois, nós sempre trabalhamos com tríades. Existem apenas dois gêneros humanos, e temos três colunas, sendo assim, a Coluna Coríntia representaria o que?. Abraços ao estimado G\I\G\Irmão Geraldo de Oliveira Pessoa (Placet 09969 = 0+9+9+6+9 = 33 = 3x3=9) que ao comentar o artigo 155 Maçonaria/Mitologia me ensinou: “Mestre Quirino, na verdade a Loja é o universo que percebemos com os nossos sentidos, cada coisa tem seu significado de per si e outro simbólico, que depende daquele com o qual interage. Quem não é capaz de entender as coisas da terra não entenderá as do espírito. JOÃO, 3 (VEJA AS DÚVIDAS DE NICODEMOS.)”. Em retribuição, lhe envio esta frase: “Os homini sublime dedit” (Ele (Deus) deu ao homem um semblante, voltado para o céu). Inicio de um verso de Ovídio (metamorfose, I, 85). Nele, o poeta narrando a criação, conta como foi tirado do nada o homem, capaz de ideais e de aspirações sublimes.
Grato pela atenção.
TFA

Quirino

COLUNA DÓRICA

Saudações estimados Irmãos,
sobre a forte
COLUNA DÓRICA
...para que os trabalhos estejam sob a influência da Moral e da Razão, esta Coluna deve estar em pé! Quando tiverem oportunidade, observem que ela não se diferencia estruturalmente. Seu início (base) surge rente ao piso, passando a idéia de que vem do alicerce. Foi a primeira forma de pilar cilíndrico, que os arquitetos gregos, usaram para sustentar abóbadas, entabladuras, estátuas etc. O nome, dórica, vem da região Dorida, na antiga Grécia. Suas maiores características são a solidez e a sobriedade. E aí, que divagando com meus botões, penso que, uma das lições da Coluna Dórica, deve ser para que sejamos sóbrios; afinal, num contato de 1º Grau, é melhor que estejamos desprovidos de luxo (vaidade), e moderados (virtude) nos prazeres. Aos recém assentados, na Coluna do Norte, o aprendizado se dá mais pela observação que pelas leituras. Então, quem ostenta a Coluna Dórica, deve ter uma conduta sóbria. Sua base deve consubstanciar-se com o alicerce da Ordem, que nada mais é, que o estudo. Sendo ele responsável pelos recém-iniciados, e tendo colocado um Maç\ e um Cinz\, nas mãos do Aprendiz, para que ele comece a desbastar a P\ Br\, deve estar preparado para responder às muitas perguntas daqueles que, ao entrar em um Templo tudo é instigante. Quanto à solidez, naturalmente deve o Primeiro Vigilante, ter a qualidade do que é real e efetivo, ou bem fundamentado. A parte superior (capitel) da Coluna Dórica, também não apresenta adornos. Apenas, dois aros e um alargamento retangular (tampo) onde se sustem vigas, travessões, e reparem que ela é toda coerente, do início ao fim, ela é básica. Sua função é a sustentação do edifício. A Coluna Dórica é o primeiro esteio; a fonte que deve jorrar conhecimento (conhecimento é diferente de sabedoria) e força; para quando o dia terminar com o sol se ocultando no Oc\, encerrarmos os trabalhos, recebermos nosso salário e retornarmos aos nossos lares contentes e satisfeitos. Como o número três sempre foi alvo de nossas inquietudes e estudos, façamos um paralelo entre os três grandes personagens dos Graus Simbólicos e as três Colunas: Um foi exemplo claro de sabedoria; outro dedicou sua existência a embelezar a Casa do Senhor; mas, quem forneceu a força da mão de obra? Foi Hiram - Rei de Tiro, quem forneceu madeiras de cedro e cipreste (vindos do Líbano) e milhares de trabalhadores (aprendizes contratados) para trabalharem naspedreiras. Meus IIr\, o objetivo deste pequeno artigo, é sugerir a todos os IIr\ que deixem à passividade de aceitar simplesmente uma instrução, um detalhe da Loja ou uma palavra. Que compreendamos que tudo aquilo que vemos em uma Oficina, não é “decoração”. TUDO tem um significado maior do que simplesmente compor os trabalhos. Nossos antecessores ao projetarem os Templos, deixaram milhares de mensagens, instruções e conhecimentos “velados”, que estão à disposição dos nossos olhos, mas, necessitam de sensibilidade e estudos para chegarem ao Espírito. 
Grato pela atenção.
TFA

Quirino

VIGILANTES

Saudações estimados Irmãos,
a missão dos
VIGILANTES
A melhor maneira de compreender a missão dos Vigilantes de uma Loja Maçônica, começa no correto entendimento da palavra “vigilante”, ou seja; vigilante é aquele que está cheio de atenção desvelada, atento, cuidadoso,  consciente  da responsabilidade que tem para com os IIr\ de sua Coluna. Ele deve ocupar seu lugar, com os sentidos da visão e audição voltados para aqueles dos graus anteriores (evitem a palavra “inferiores”) ao seu. Na maioria das Lojas o 1OVig\ senta-se no “início” da Col\ do Norte, e o 2o “no meio”” da Col\ do Sul. Mas, isto não é universal, varia de rito para rito e às vezes no mesmo rito, porém em diferentes Orientes. Uma vez visitando Lojas na República do Peru, (http://picasaweb.google.com/irquirino )  verifiquei que o 1o Vig\ assentava-se no meio da Col\ do Sul, e a explicação que me foi dada, tem uma lógica muito interessante:  Sentado ali, ele está de frente para seus “pupilos,” e assim deve orientar e supervisionar os trabalhos. Nesta posição fica mais fácil zelar pela harmonia e ordem da Coluna. Mas, também há Lojas que trabalham com os dois VVig\, lado a lado, no início do Oc\. Faça um desenho com os VVig\ nesta posição, e com o Ven\ no Sólio. Você vai compreender o “porque”, dessa disposição dos altares. Desviando um pouco do assunto, para aproveitar o desenho, ponha o Guar\T\ junto à porta, e localize neste plano, o Orad\ e o Secr\. Agora, COM formalidade, sobreponha a primeira e a segunda figura. Inquestionavelmente e perfeitamente, será formada a .................... Uma situação pouco praticada em Loja, é o zelo do Vigilante quando da apresentação de trabalho visando aumento de salário. O correto é que o trabalho seja apreciado anteriormente pelo Ir\Vig\ e somente depois de seu aval, será levado ao conhecimento dos demais IIr\. O Vig\ não fará o trabalho, mas supervisionará, evitando que o Aprendiz/Companheiro, entre em detalhes que não lhes compete (correndo o risco de tomar uma reprimenda de um Irmão pouco tolerante). Evita também, que os aspirantes apresentem trabalhos copiados dos rituais, sem a devida interpretação, sem o sentimento, sem alma! Mas, de onde veio a criação do cargo, de Vigilantes de uma Loja Maçônica? Vários ritos explicam conforme sua liturgia, e a mais interessante, é baseada na construção do Templo de Salomão. Há muitos e muitos anos, homens que cortavam pedras para a construção da Casa do Senhor, deveriam apresentar seus trabalhos a DOIS Supervisores da obra. Um pegava a peça e verificava sua estrutura, se era feita de material FORTE e sem trincas. Se aprovada, passa a peça para um segundo Supervisor, que a examinava, conferindo se ela estava no esquadro, ou seja, se seus ângulos eram perfeitamente BELOS. Se estivesse justa e perfeita a encaminharia para o Mestre Supervisor (nos dias atuais chamamos de Venerável Mestre), que designaria em qual local esta pedra deveria ser assentada. Meus IIr\, o objetivo deste pequeno artigo é incentivar os IIr\ a tomarem postura de Vigilantes da Maçonaria. Que estejamos atentos aos novos “materiais” que estão sendo encaminhados à Construção da Sublime Ordem. Uma “peça” que não tem os ângulos da retidão, ou não são constituídos em seu âmago, de material que o manterá de Pé e a Ordem, poderá comprometer toda a estrutura de uma Oficina ou mesmo uma Potência.

Grato pela atenção.

MESTRE DE CERIMÔNIAS

 Saudações estimados Irmãos,
o único que tem “passe livre,” é o
MESTRE DE CERIMÔNIAS
Ele pode caminhar do Norte ao Sul, do Oc\ ao Or\, aproximar-se de qualquer Obreiro independente do cargo ou grau. Logicamente o Ir\ Hosp\, também tem esta prerrogativa, porém, em apenas um determinado momento da sessão; já, com o M\CCer\, tal situação faz parte da sua função e deve ser exercida na maior discrição possível. Ao levar o Livro de Presença, para a assinatura dos Irmãos e o encerramento pelo Venerável Mestre. deve estar atento ao que se passa no momento; é deselegante fazê-lo quando da apresentação de trabalhos ou durante a manifestação de algum Irmão. O cumprimento do horário de início dos trabalhos também é uma de suas tarefas, devendo solicitar aos IIr\ para que se paramentem, e se postem nos seus devidos lugares (varia conforme o Rito). Deve alertar o Venerável quando a Loja está composta, e zelar para que todos os Obreiros estejam devidamente paramentados, e com as insígnias dos cargos que ocuparão. REFORÇANDO: Em primeira instância, é o Mestre de Cerimônias que deve lembrar aos Irmãos, que nosso traje, é TERNO preto, (e não um moleton azul); que a CAMISA é branca, (e não listradinha); que a GRAVATA épreta (ela não é um adereço): MEIAS e SAPATOS pretos (e não, tênis branco com solado vermelho). Lógico que ele deve compreender que, em uma determinada situação, o Irmão pode estar justificadamente fora dos “padrões”, desde que isso não se torne um hábito. Mais importante que a vestimenta, é a presença do Irmão. Não sejamos exagerados (como numa academia de imortais), mas, jamais deveremos ser relaxados (como numa agremiação esportiva de bairro). Nas circulações e devidas paradas, a única observação é que ele não deve, NUNCA, dar as costas para o Or\, em sinal de respeito. Ao anunciar o resultado das votações, deve apenas dizer se foi aprovado ou não. (Dizer que foi aprovado por unanimidade ou por maioria, ou ainda, por 10 votos a favor e 9 contra, é adjetivar a situação). Adjetivar é qualificar uma resolução da Assembléia da Loja, que deve sempre, ser justa e perfeita, não cabendo louvores ou questionamentos. É dele, a responsabilidade de colher dos Irmãos visitantes, a palavra semestral ou de convivência; afinal, ele é o único que recebeu a palavra duas vezes, e a confirmou com o Venerável Mestre. Vale esclarecer que esta função, pode não ser dele, varia conforme a Potência, e o Rito praticado pela Loja. Outro aspecto que também varia muito, é seu instrumento de trabalho. Para alguns, é um bastão com a Jóia do Cargo, outros, usam espadas, ou ainda, cajado reto ou curvo, mas todos, têm a simbologia do Guia, ou Pastor (aquele que vai à frente). É fácil compreender o simbolismo do guiar, quando comparamos um rebanho de ovelhas com uma manada de bois. O Pastor vai à frente guiando as ovelhas, já o Boiadeiro, vai atrás tocando a boiada. Como o Mestre de Cerimônias é o Guia, deve ele, ir à frente dos Irmãos. Para despertar a vontade dos Irmãos em pesquisarem sobre este “valioso” Cargo, peço que observem a disposição dos bastões dos DDiac\ com o do M\ CCer\; vejam que um, está em determinado lugar, no Or\, o outro, em um ponto, no Oc\, e o do M\CCer\, entre eles; os três estão devidamente perfilados. Dois, são “fixos,” e o outro, circula pela Loja. Em duas situações eles se encontram, e formam uma estrutura muito interessante... Ficaria muito feliz, se o Irmão desenvolvesse uma Peça de Arquitetura, contendo sua compreensão sobre isso, e enviando-me uma cópia. O original deverá ser apresentado em Loja. Afinal, nós todos, independente do Grau ou do Cargo, somos responsáveis pela qualidade das Sessões Maçônicas. 
Grato pela atenção.

TFA
QUIRINO